A Sapore, empresa de refeições coletivas do país, apresentou uma oferta para combinação de seus negócios com a International Meat Company (IMC), dona das redes Viena e Frango Assado, para criar uma companhia de R$ 3,3 bilhões em faturamento.
Assim, a proposta deverá ser analisada pelo conselho de administração da IMC até o próximo dia 23.
“Há pelo menos um ano a Sapore está estudando essa operação, que é complementar ao negócio, mas em nenhum momento pensou em fazer uma oferta de compra, mas sim de combinação de ativos”, disse Elezir Junior, diretor financeiro da Sapore.
Sapore: a proposta
A proposta envolve a aquisição de 100% da Sapore pela IMC, e os atuais acionistas da Sapore receberiam 169.697.205 ações ON que seriam emitidas pela IMC.
Assim, os controladores da Sapore passariam a ter o controle da IMC, já que possuiriam, no mínimo, 50,47% do capital.
O valor proposto na incorporação é de R$ 8,92 por ação da IMC, que representa prêmio de 11,5% em relação ao preço da última oferta de ações feita pela companhia, em novembro de 2017, e de 6,57% em relação ao início da veiculação de notícias sobre o negócio, em janeiro.
Então, antes da incorporação, a IMC teria que pagar aos acionistas atuais R$ 355,342 milhões, por meio de combinação de distribuição de dividendos e/ou restituição de capital, o que equivale a R$ 2,13 por ação da IMC.
Segundo a Sapore, a combinação dos negócios poderá resultar em uma valorização superior a 40% no preço da ação da IMC, considerando o pagamento extraordinário e os ganhos gerados pelas sinergias.
Outra condição estabelecida na proposta é que antes de a incorporação ser aprovada em Assembleia Geral Extraordinária, a IMC deverá ter valor de mercado, após o pagamento extraordinário, de R$ 1,13 bilhão, com base no preço médio da ação nos 30 dias anteriores.
A Sapore terá que apresentar um valor de mercado de R$ 1,152 bilhão.
Sapore, que tem 500 clientes corporativos, entre eles Volkswagen, Ford, Pirelli, Citi e Safra, e 1,1 mil restaurantes, prevê alcançar receita de R$ 1,75 bilhão neste ano.
Certamente, a fusão alçaria a companhia brasileira ao mercado internacional. Isso porque a IMC, que hoje é tem capital pulverizado, atua nos EUA, Colômbia, México e países do Caribe.
A Sapore está sendo assessorada pela Riza Capital, de Marco Gonçalves.
A empresa brasileira, fundada em 1992 pelo uruguaio Daniel Mendez, fornece cerca de 1,2 milhão de refeições diárias.
O que achou desse grande negócio para o mercado? O que você acredita que pode impactar?