Você, profissional do setor de alimentos, deve ter atenção às transformações que ocorrem na indústria.
Em 2020, o setor se consolidou como uma das atividades essenciais à população e registrou alta no faturamento e na produção no primeiro semestre, comparado ao mesmo período de 2019 (segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos – Abia).
Separamos 3 tendências para acompanhar em 2021 e ajudar quem deseja ser um profissional de destaque.
Coronavírus (COVID-19) e preocupações sobre abastecimento, qualidade e segurança
Motivado pela pandemia de COVID-19, o consumo domiciliar aumentou significativamente em 2020 (20%), principalmente pela necessidade de formação de estoque nas residências dos brasileiros e brasileiras. Por outro lado, o food service sofreu redução de mais de 70% devido ao fechamento de estabelecimentos, que restringiu as vendas aos serviços de entrega (delivery), conforme afirma o presidente da Abia, João Dornellas.
Para preservar a saúde dos colaboradores considerados grupos de risco de contágio pelo coronavírus, alguns restaurantes e bares precisaram contratar novos profissionais. No geral, diferentemente de outros setores da economia, o de alimentos e bebidas registrou aumento nas vagas de emprego, consequência da busca por qualificação para lidar com o momento de crise.
O controle de qualidade, a garantia do abastecimento no varejo e a segurança dos processos de produção foram algumas das preocupações intensificadas pelo novo coronavírus em 2020, e parece que seguirão como tendências que os empresários deverão acompanhar em 2021, já que a pandemia não dá sinais de acabar.
Outras tendências que devem estar no radar dos profissionais de alimentos no ano que vem são:
- Iniciativas para monitorar e controlar o estoque;
- Investimentos em proteção e segurança de colaboradores em fábricas, escritórios e demais ambientes;
- Medidas para otimizar a qualidade e o ritmo de trabalho na produção e no cuidado com alimentos;
- Tecnologia e inovação para garantir a competitividade na indústria
- Controle de qualidade para adequação às normas e regulamentações
Qualificação de profissionais é uma necessidade do mercado
Além de investimentos em processos que garantam a qualidade na produção, estoque e distribuição dos alimentos, existe a tendência de haver mais destaque para as áreas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) nas empresas.
Apesar da preocupação com o volume e o valor dos investimentos necessários para se adaptar à pandemia, os proprietários de estabelecimentos precisarão cada vez mais de profissionais qualificados para lidar com cenários de incerteza e de crise, e preparados para atender as necessidades de consumidores cada dia mais exigentes.
Assim, além da capacitação constante, o conhecimento sólido sobre normas, regras e legislações também se confirma como aspecto essencial a quem deseja se posicionar como um bom profissional na área de alimentos em 2021.
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Atenção às mudanças do comportamento do consumidor
Com a pandemia, as pessoas foram convidadas a lidar com uma nova situação. O home office, antes quase inexistente, se tornou a solução para que muitas empresas não fechassem as portas e demitissem seus colaboradores. O índice de desemprego aumentou em muitos setores e influenciou diretamente no poder de compra dos consumidores.
A necessidade de transferência do espaço de trabalho modificou a rotina doméstica das pessoas, principalmente daquelas que não eram muito familiarizadas com a cozinha. Por outro lado, os amantes da culinária também passaram a buscar maneiras de diversificar sua alimentação e de consumir novos tipos de produtos.
Relembre aqui: Tendências e ideias alimentares para 2020
Esses e outros elementos, como o fechamento de restaurantes e bares, intensificaram as iniciativas de e-commerce e delivery. Essas modalidades levam em conta não apenas as questões práticas da experiência (tecnologia, segurança de pagamento online, logística e outros), mas também aspectos relacionados à percepção e às emoções dos consumidores.
Sobre isso, inclusive, uma das fortes tendências para acompanhar em 2021 é o consumo de itens para autoindulgência, ou seja, alimentos e bebidas que ajudam a “espantar o baixo-astral” e a despertar sensações positivas.
Além da praticidade e da conveniência, a confiabilidade dos estabelecimentos passou a ocupar um espaço ainda mais relevante na balança, já que tempos difíceis inspiram sentimentos como medo, angústia e ansiedade (o que se intensifica no cenário de pandemia pelo novo coronavírus).
Na prática, isso indica que as empresas precisarão continuar atentas à responsabilidade social tanto quanto às melhores práticas na manutenção da segurança e da qualidade de suas operações, mesmo com a flexibilização e reabertura do comércio.
Prepare-se para 2021!
A pandemia do COVID-19 não dá indícios de acabar, e especialistas indicam novas ondas de contágio, com consequências ainda mais devastadoras.
Mais do que nunca, o setor de alimentos deve tomar as devidas providências a fim de não perder mais clientes e de garantir a confiança na prestação dos serviços.
Para isso, precisará contar com a expertise de profissionais em suas ações, o que é uma grande oportunidade aos consultores e consultoras de alimentos.
Listamos aqui algumas das iniciativas que consideramos mais críticas ao desempenho de estabelecimentos neste final de 2020 e ao longo do próximo ano:
- Implementar protocolos adequados para minimizar os riscos do COVID-19.
- Reduzir a ansiedade dos funcionários em voltar ao trabalho;
- Ajustar suas estratégias de comunicação e de marketing para trazer os clientes de volta e resgatar sua confiança, demonstrando que suas instalações são segura;
- Demonstrar que estão tomando todas as precauções para manter os funcionários e clientes em segurança;
- Limpar mais frequentemente instalações, aplicando as boas práticas de higienização e de proteção com uso dos EPIs